Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O mais atual Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V-TR, 2023, p. 56), lista as características diagnósticas do Transtorno do Espectro Autista (TEA). São as principais:

(1) Déficits na reciprocidade socioemocional e em iniciar/manter interações sociais; compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afetos; déficits de integração entre comportamento verbal e não-verbal, contato visual e expressões faciais comprometidas; déficits de compreensão, início e manutenção de relacionamentos (as dificuldades podem variar, indo desde saber como se comportar adequadamente em cada contexto social, até a realizar brincadeiras imaginativas ou fazer amigos na infância, além do desinteresse social e busca por pares).

(2) Padrões repetitivos de comportamento e pensamento, movimentos motores, apego inflexível à rotina ou a certos "rituais" que "precisam" ser realizados (e.g. lava a louça ou escova os dentes sempre na mesma ordem), interesses fixos e restritos que se destacam pela frequência e/ou intensidade e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais (sente de mais ou sente de menos; e.g. pode se incomodar com barulhos imperceptíveis a outros, mas ter grande tolerância à dor física).

No cotidiano, os aspectos listados no primeiro conjunto de características podem aparecer em contextos de dificuldades para desenvolver empatia e compreensão de como a comunicação social ocorre (flerte, sarcasmo, intenções implícitas, excesso de literalidade).

O segundo pode surgir em movimentos motores repetitivos (também conhecidas como "estereotipias", como o flapping, balançar repetitivo das mãos), em crises caso algo saia do planejado ou da rotina comumente adotada, resistência à provar novos alimentos e em intensos e duradouros focos de interesse, sejam estes assuntos diversos (e.g. uma criança que sabe tudo sobre dinossauros) ou objetos (anda com o t-rex de brinquedo para cima e para baixo e chora se alguém tenta retirá-lo); tais interesses são comumente denominados de "hiperfoco".

São divididos em três os níveis de autismo (ou, mais precisamente, graus de suporte): leve (grau 1), moderado (grau 2) e grave (grau 3), correspondendo à quantidade de suporte necessário àquele indivíduo por parte da família, equipe multidisciplinar e afins.

Em um mundo imprevisível e em constante mudança, compreende-se a importância de um tratamento eficaz a este público. Uma mudança imprevista e inevitável na rotina, um amigo pedindo emprestado seu brinquedo favorito na escola (ou tomando à força) ou a visita a um parque de diversões podem acarretar em crises das mais diversas intensidades.

O tratamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde é o fundamentado na ciência da Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis, ou ABA, sigla mais difundida atualmente) e visa desenvolver habilidades sociais, socioemocionais, de comunicação e flexibilidade, fortalecendo a autonomia e a qualidade de vida.

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